terça-feira, 31 de maio de 2011

Sou um homem mais pobre,


mas ao mesmo tempo mais rico. Que grande paradoxo. 

Esta vida é feita de ganhos e perdas e sempre que ganhamos também perdemos. Isto pode não fazer sentido nenhum, mas é o que realmente se passa no nosso quotidiano.

Nestes últimos tempos tenho assistido a este fenómeno com particular regularidade. Trocas de emprego, trocas de morada, trocas de amigos, trocas de emoções, trocas de sensações, trocas de tudo e mais alguma coisa. Tem sido um reboliço constante e começa a surtir os seus efeitos na minha pessoa porque ao mesmo tempo que me torna mais forte, também fico mais fraco (Lá está o paradoxo).

À medida que tento preparar o futuro da minha família, a vida, macabra como todos sabemos que é, tem-me presenteado caminhos diferentes. Ora, se existe escolha, tem que existir decisão, nem sempre fácil devo confessar. 

Estas ultimas escolhas têm implicado a mudança constante de hábitos de viver, ou melhor de sobreviver, e tenho sacrificado constantemente a minha zona de conforto para, espero eu, poder proporcionar aos meus tudo aquilo que eles merecem.

Todas as pessoas são confrontadas com escolhas e as melhores são aquelas que nos desafiam constantemente. Torna-nos mais audazes, mais perspicazes, mas inteligentes, mais focados, enfim torna-nos melhores seres humanos, principalmente quando a escolha é feita com o objectivo de melhorar não só o nosso bem-estar, mas também daqueles que nos rodeiam.

Claro que pelo caminho provavelmente vamos ter que deixar para trás algo que nos faça sentir mais confortável como a nossa família, os nossos amigos, o nosso lar, o nosso filho, mas com certeza irá haver um momento em que vamos verificar que tudo valeu a pena, ou que pelo menos não ficamos parados a ver as caravelas a passar.

Hoje fiz mais uma escolha importante, mas difícil como tantas outras, só espero que valha a pena.

Boas escolhas para todos os internautas e todos os Portugueses.

sábado, 23 de abril de 2011

A saudade não tem cura!

Mas afinal o que é a saudade?

Este sentimento curto, pelo menos comparando com a imensidão do dia, mas tão intenso que nos preenche todos os sentidos na altura em que bate. Bate, perguntam-se. Sim, na altura em que bate a saudade. Esta expressão tão utilizada faz, para mim, agora, muito mais sentido. Um dos efeitos secundários desta saudade, é dor. Como se nos tivessem batido, ou pior! Naquele breve momento ficamos paralisados e não nos conseguimos mexer, como se doridos estivesse-mos. A dor tem tal dimensão que até o tempo de reacção aumenta e tudo o que nos entra por um ouvido, sai pelo outro sem que a informação seja processada.

E agora pergunto-me? Será que a saudade tem cura? Todos estes efeitos não serão sintomas de uma doença? Pelo menos, assim o parece. Mas não. A saudade é com toda a certeza, um dos sentimentos mais nobres que um ser humano pode sentir. Quem não sente saudade não será capaz de amar.